Obrigado

Ontem um dos meus irmãos teve um acidente grave de automóvel. Vinha do Algarve com a mulher e os dois filhos e capotou na A2 a 130 km/h. Felizmente, como se costuma dizer, “foi só chapa”, mas o susto foi enorme. O Homem Lá Em Cima estava a olhar para eles...
No entanto, quero deixar aqui o meu mais profundo obrigado para a malta que acabou um jantar a meio e, sem pensar duas vezes, arrancou comigo para o Hospital. Para os Putos, Pedrão, Cegão, Djzinho e Carlucci um grande abraço, obrigado pela vossa ajuda e pela prova (mais uma!) de grande amizade!

Foto estúpida do dia - Boa Páscoa... Mas não para todos

Como não há duas sem três...

Muitas vezes o portugueses queixam-se e têm a mania de olhar para a nossa vizinha Espanha com uma certa inveja. No entanto, acho que nos podemos dar por muito contentes por nos termos separado de Espanha a tempo. Passo a explicar:
Nuestros hermanos estão a passar por um processo que pode acabar com a Espanha de vez. O novo estatuto da Catalunha, pode vir a reconhecê-la como uma nação integrada no reino de Espanha. No entanto, se o "Estatut" avançar, contraria uma das bases em que foi lançada a constituição espanhola e o reino de Espanha como o conhecemos, ou seja, que a língua oficial do país é o Espanhol. O catalão poderá passar a ser 1ª língua nesta comunidade autonómica, sendo o Espanhol relegado para 2ª língua. Por exemplo, na educação primária, a língua que será ensinada será o catalão e não o espanhol. Apenas no ensino secundário aparece o Espanhol como sendo de ensino obrigatório e essa mesma obrigatoriedade desaparece no Ensino Superior, sendo o catalão sempre a primeira língua. Ou seja tem direitos parecidos com o inglês em Portugal.
A questão que se levanta é que esta situação está a levar a que haja mais comunidades a falar de "independência". Galiza, País Basco, Valência e Andaluzia começam a reclamar estes mesmos direitos. Pode ser o fim da Espanha como a conhecemos.

Se há coisa que não temos são este tipo de problemas... ou será que temos? A resposta é não, mas no entanto deixem-me contar-vos uma "estória" muito interessante. Já que estamos a falar destas questões da língua, sabem qual foi a primeira língua a ser reconhecida na Constituição Portuguesa como sendo língua oficial? O Mirandês! Como sabem o Mirandês é a nossa 2ª língua oficial. No entanto, por um esquecimento inacreditável, quando se fez a alteração à Constituição em que foi feito esse reconhecimento, o Português não constava da mesma como sendo a nossa língua oficial. Como diria o Pessa: E esta hein?!?!

Não há fome que não dê em fartura, por isso aqui vai mais um post

O governo apresentou hoje uma proposta de alteração à legislação sobre o tabaco. Será que é desta que isto avança? Confesso que os meus sentimentos em relação à proposta são um tudo nada ambíguos. Por um lado, acho que é justo para quem não fuma não ter de levar com fumo em 2ª mão, mas ao mesmo tempo acho que acaba por ser mais uma pequena castração da liberdade individual. Se bem que neste caso, talvez seja apenas a minha veia de fumador (esporádico) a falar. No entanto, pesando a argumentação contra e a favor da lei, só posso estar de acordo ela.
Só espero é que o lobby das tabaqueiras não consiga dar (novamente) a volta ao texto e não convença o governo a recuar. Os custos e benefícios para o Estado até se podem equilibrar, já que é quase certo que a receita fiscal vai ser menor com a prevísivel diminuição do consumo do tabaco, mas a despesa com os cuidados médicos relacionados com os malefícios do tabaco também será menor. Logo, a única coisa que poderá prender a lei serão os interesses que estão em jogo.

Por último, uma palavra de apreço para o governo. Está a começar a avançar com algumas das reformas necessárias e a tirar da gaveta alguns dossiers polémicos. Goste-se ou não do estilo ou da orientação política , tem de se reconhecer que estão a fazer um esforço, o que é mais do que fizeram os governos anteriores.

A pedido de muitas famílias, aqui vai mais um post, sem ser da série "5 coisas".

Li hoje que a cultura da soja para alimentação de gado e frangos para as cadeias de fast-food está a destruir a Amazónia. Ou seja, não contentes em nos dar cabo da saúde, estes senhores começam agora a atacar o pulmão do planeta.
Esta gente ainda não percebeu que não podemos destruir o nosso planeta desta forma "pornográfica"? Só temos este, porra! Ando a pensar ter filhos (ou filhas), mas juro que às vezes me pergunto se vale mesmo a pena trazer uma alminha a este mundo, quando não tenho a certeza de qual vai ser a qualidade de vida no mesmo, daqui por 20/30 anos. Será que vale a pena?
O problema é que, se toda a gente pensar assim, o planeta não acaba, mas acaba a raça humana... É um pequeno dilema moral!
Como sou optimista e acho que ainda não estamos totalmente perdidos, ainda não mudei de ideias e ainda estou a pensar levar a ideia de ter filhos à prática. Pelo menos os treinos já começaram...

Cinco coisas que eu amo

A minha família
A Ana
Os meus amigos
O meu trabalho
O Sporting

5 coisas que eu amo ou odeio...

Hoje começo uma nova secção neste blog. Começo com as cinco coisas que eu odeio quando vou a conduzir:

1. Que me ultrapassem pela direita (normalmente não deixo...)
2. Que se encostem à traseira do carro
3. O pessoal que conduz no meio de 2 faixas
4. Camiões a ultrapassar camiões a 91 km/h
5. Os artistas que vão na faixa da esquerda a 120 km/h na auto-estrada e não deixam passar ninguém porque se acham os defensores da lei.

Presidente de todos os Portugueses... Ou talvez não...

Cavaco Silva não é (e tenho dúvidas se alguma vez o será), presidente de todos os portugueses. Meu não é, com toda a certeza. Respeito a legitimidade democrática que tem para exercer o cargo, mas não nos podemos esquecer que o Hitler e o Salazar também ganharam eleições... Uma das maiores fragilidades da democracia é ser vulnerável ao engano e ao erro. Falo assim porque, na minha perspectiva, a eleição deste senhor para a Presidência da República é um erro. O país não precisa de 2 primeiro-ministros, nem de 2 governos. Muito menos precisa de uma força de bloqueio.
Este governo, apesar dum arraque periclitante, tem vindo a mostrar que, com calma, é possível dar a volta ao país. Os portugueses, como não gostam do governo seja ele qual for, logo arranjaram forma de acalmar os ânimos. Toma lá o Cavaco a Presidente que é para ver se aprendes a não querer o melhor para o país.
Talvez eu seja um traumatizado da geração rasca, mas parece que já toda a gente esqueceu que este senhor liderou o governo mais opressor da história recente, após o 25 de Abril. A quantidade de cargas policiais que foram ordenadas ao longo dos seus mandatos é assustadora. Eu sei, porque era estudante universitário na altura e vi muita gente a levar porrada de forma injustificada. Isto já para não falar dos tristes episódios da ponte.
Em relação às suas virtudes como economista, reconheço-lhe poucas. Existem hoje vários estudos que demonstram que uma grande parte das políticas seguidas pelos seus governos foram desastrosas para a nossa economia e são responsáveis por nunca termos chegado ao pelotão da frente da União Europeia. Tiveram efeitos imediatos razoáveis, mas demonstraram ser um fiasco a longo prazo. Se tomarmos como comparação a Irlanda que, durante os governos Cavaco, estava a par de Portugal em termos económicos e hoje é uma das economias mais saudáveis da União Europeia, logo se percebe que algo não correu bem.

Ps: Já agora, não pude deixar de notar que passámos de um presidente que falava muito e dizia pouco, para um que fala pouco e ainda por cima mal. Nã0 estou a falar da dicção, que é reconhecidamente má, mas sim da qualidade do Português. O discurso de tomada de posse estava recheado de calinadas gramaticais. Como tenho dúvidas que elas tivessem escritas no papel, o autor das mesmas só pode ter sido quem lia o dito papel. No entanto, uma frase ainda hoje ecoa na minha cabeça:
"Os portugueses se não revejam em..."
Apre...

O regresso...

Está oficialmente relançada a Saudável Demência! Primeiro deixem-me explicar a ausência:
Este blog foi criado pouco tempo antes de me ter aparecido um pequeno problema de saúde que só agora começa a ficar completamente debelado. Mas não tem sido apenas por isso que tenho estado parado. Não tenho "desabafado" o que me vai no espírito por falta de tempo, mas confesso que tenho sentido falta de fazê-lo e, por isso, aqui estou.

Hoje apetece-me falar da natureza estúpida do ser humano.

Porque motivo algumas pessoas têm um incrível dom para fazer mal a elas próprias? Uma pessoa que me é muito próxima, tem esse inexplicável fascínio por tudo aquilo que lhe faz mal. O problema é que, nessa vertigem, estas pessoas começam a fazer mal a quem os rodeia. Ora, este caminho, só vai levar a problemas e ao abandono, mas estas pessoas insistem em percorrê-lo.

A mim começam a faltar-me as forças para ajudar estas pessoas, exactamente porque elas começam a fazer-me mal. Tenho pena se tiver de deixar alguém para trás, mas fá-lo-ei sem hesitar, até porque não será a primeira vez que a isso serei obrigado.

Sad but true...