sexta-feira, julho 30, 2010

Morreu o António Feio

Mas não morreu tudo o que nos deixou. O seu exemplo de bravura perante o monstro que tinha de enfrentar é um exemplo. A forma como se agarrou à "ideia" da vida em vez de se fixar na morte será um dos seus grandes legados.
Actor e encenador dotado, deixa uma marca profunda no panorama do teatro, cinema e televisão. Encarnou personagens como o Toni da Conversa da Treta ou Túlio Gonzaga do Paraíso Filmes (série brilhante altamente injustiçada) que são das melhores composições cómicas alguma vez feitas na televisão e teatro portugueses. Participou também numa das melhores adaptações do teatro português e que vai ficar na história do mesmo: "O que diz Molero" e que eu tive o privilégio de assistir.
Por último tenho uma recordação muito pessoal. O António Feio foi durante todos os anos que estudei no ISEG o director do grupo de teatro da faculdade, o Kula. Não raras vezes, o vi a beber uns copos no mítico bar da faculdade, o Tarântula, com o pessoal do grupo, sem qualquer vedetismo ou manias. Apenas transmitia muita simpatia e boa onda.
Bem haja e descanse em paz