terça-feira, outubro 02, 2012

O problema é o sistema

Cada vez mais me convenço que o problema está no sistema. Este sistema cria condições para que as aberrações que estão hoje no poder se agarrem a ele e não o queiram largar. Salários, benefícios, reformas, a perpetuação do poder, tudo está feito para atrair e manter no poder escumalha com instintos mafiosos. Medidas simples como estas adoptadas pelos suecos fazem com que só vá para a política quem tem um verdadeiro sentimento de dever cívico e grande vontade de prestar Serviço Público. Em Portugal, a simples aplicação de períodos de nojo após o exercício de cargos públicos afastava metade desta corja do poder e nem isso se consegue aprovar.
Em tempos, a democracia servia para eleger de forma aberta aqueles que os cidadãos achavam ser os mais competentes para uma função. Não havia candidatos, só se elegiam os melhores que tinham que aceitar o "fardo" de servir os outros. Não era uma carreira, não era uma opção, era um dever... Como estamos longe desses tempos.
Hoje, ir para a política, é ser um "jota" da vida e desde cedo aprender como mamar na teta do Estado, como manter essa mama ad eternum e como dizer que sim a vida toda te pode fazer chegar a primeiro-ministro ou mesmo a presidente da républica. Vejam o que abanar a cabeça de forma bovina fez do passos coelho o actual primeiro-ministro e do seguro o líder da oposição. Se fosse na Suécia, na melhor da hipóteses trabalhavam no Ikea. Ou talvez não, porque o Ikea é uma empresa séria e com valores onde eles teriam dificuldades em encaixar.

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